O indivíduo portador de estrabismo é popularmente conhecido como vesgo. Trata-se de um distúrbio que afeta o paralelismo entre os dois olhos e passam a apontar para direções diferentes. Pode surgir em qualquer fase da vida, mas até os três meses de idade, pela falta de controle do movimento dos olhos, o diagnóstico não é considerado definitivo.

Causas

O movimento dos olhos é controlado por seis pares de músculos comandados pelos nervos cranianos, que estão conectados ao sistema nervoso central. Esses músculos precisam agir em perfeito equilíbrio e sincronia para que os olhos permaneçam alinhados.

Alguns fatores podem comprometer esse funcionamento e provocar o estrabismo. Entre as possíveis causas estão dificuldade motora para coordenar o movimento dos dois olhos; grau elevado de hipermetropia, que obriga forçar a aproximação dos olhos para compensar a dificuldade de visão, chamada de endotropia acomodativa; baixa visão em um dos olhos olhos, doenças neurológicas como AVC, paralisia cerebral, traumas; doenças genéticas como síndrome de down; oculares, como catarata congênita; infecciosas (meningite, encefalite); ligadas à tireoide, diabetes e hereditariedade.

Sintomas

Em alguns tipos de estrabismo, o paciente pode se queixar de dores de cabeça, nos olhos ou sonolência durante tarefas que exijam muito visualmente. Visão dupla é relatada em pacientes adultos.

Tipos de estrabismo

Convergente (esotropia): um ou ambos os olhos se movem para dentro, na direção do nariz.
Divergente (exotropia): um ou os dois olhos se deslocam para fora e em vertical.
Hipertropia: deslocamento ocorre para cima ou para baixo.
Monoculares: desvio sempre no mesmo olho.
Alternantes: quando se manifesta ora num olho, ora em outro.
Intermitentes: surgem só de vez em quando.
Latentes: a perda do alinhamento só fica visível sob certas condições, como em fotografias.

Tratamento

Estrabismo não desaparece espontaneamente com o crescimento. Pode ser corrigido em qualquer idade, mas quanto mais precocemente, melhores os resultados. A correção é feita com medidas como aplicação de colírios, uso de óculos ou tampão no olho com visão normal para estimular o outro (especialmente nos casos de ambliopia), ou ainda com exercícios para fortalecimento dos músculos oculares.

Toxina botulínica é mais uma alternativa para correção do distúrbio.

Cirurgia só é recomendada em alguns casos, de acordo com a avaliação do oftalmologista. O procedimento é feito por meio de micro incisões que permitem a exposição dos músculos extra-oculares, responsáveis pela movimentação dos olhos.

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Fonte: Site do Dr. Drauzio Varella.

Eliana Loureiro