Em breve, os médicos podem ser substituídos por androides, inclusive os oftalmologistas, o que tornará as consultas mais rápidas, e menos humanas, claro.
O que possibilitará isso é a inteligência artificial baseada em deep learning, um aprendizado continuado feito de forma autônoma pela própria máquina.
Prova disso é que um algoritmo desenvolvido por pesquisadores da China, EUA e Alemanha foi treinado a ler a retina, com um gigantesco banco de imagens das tomografias e raio-x de coerência óptica, sem qualquer interferência do raciocínio humano.
Aprendizagem continuada
O exame de coerência é feito em minutos e permite observar as diversas camadas da retina e identificar alterações causadas por doenças que podem levar à perda da visão, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), e outras provocadas pelo diabetes, como a retinopatia diabética ou o edema macular diabético.
Resultado
O programa não só aprendeu a partir do banco de imagens de 100 mil imagens, mas superou experts em retina na taxa de diagnósticos corretos, com apenas 6,6% de erro.
Mas se engana quem pensa que os médicos serão dispensáveis. Prevê-se que em um futuro, as máquinas sejam responsáveis pela seleção daqueles que possivelmente estejam doentes, mas caberá aos especialistas a filtragem final, que descartariam os casos que não são graves para tratar os demais.
Mas enquanto esse momento não chega, que tal marcar sua consulta e ver se sua visão está em dia? Fale com a gente.
Eliana Loureiro
